quinta-feira, 3 de julho de 2014

O Modelo dos Modelos

Ao ler o texto “O modelo dos modelos”, a palavra modelo solta aos olhos em todo o texto e a uma das maiores dificuldades da inclusão está no fantasioso “modelo de aluno ideal”, antes do “bum” da inclusão, das crianças com deficiência terem realmente o direito de estarem no ensino comum, muitos professores acreditavam na homogeneidade e que todos aprendiam do mesmo jeito e ao mesmo tempo (seguindo um modelo).

Quando as crianças com deficiência ( todas as deficiências) são incluídas no ensino comum, a principal fala dos professores é “ não estou preparado” ou “não estudei para isso”, diante desses questionamentos me pergunto “você não estudou para ensinar?”,  no AEE devemos buscar estratégias, adaptações que oportunizem o acesso ao conhecimento, a participação nas atividades dentro e fora de sala. A visão engessada de que os educandos com deficiência estão na escola para “socializar”, vem da visão integracionista que ao texto quando fala “ verificar se tal modelo se adapta aos caos práticos observáveis na experiência.”  Cabe ao AEE trabalhar com o aluno observando as suas potencialidades , buscando aprimorá-las e desenvolvê-las , tendo como objetivo que o educando esteja realmente incluído na escola e seja um sujeito ativo no processo de ensino-aprendizagem.

domingo, 8 de junho de 2014

Relogio da Rotina

Relógio de rotina
Este recurso de baixa tecnologia pode ser trabalho com alunos com TEA, que apresentem dificuldade em se organizar. Podendo ser utilizado na sala de AEE, sala de aula e em casa.




   
O relógio de rotina utiliza fichas do boardmaker que simbolizam as atividades a serem realizadas, no inicio de cada atendimento o professor de AEE monta junto com o aluno a rotina do atendimento naquele dia, após encaixar as figuras móveis o relógio é pendurado na parede e ao término de cada atividade o aluno vai até o relógio e muda o ponteiro para atividade seguinte.
Com esse recurso o aluno pode antecipar a rotina e organizar-se sabendo o que irá acontecer após cada atividade, auxilia também a diminuir a ansiedade e por consequência aumenta a concentração na realização das atividades.


domingo, 20 de abril de 2014

Surdocegueira e Deficiência Multipla

A Surdocegueira é uma deficiência única, apesar de muitas vezes ser confundida com a Deficiência Múltipla Sensorial .  No entanto a maior diferença entre as duas é que o individuo com Surdocegueira não tem como utilizar os mesmos recursos para educação para pessoas com Deficiência Visual ou Surdez.
A Surdocegueira pode ser pré-linguistica ( antes de adquirir uma língua) ou pós- linguística ( após a aquisição de uma língua), esta deficiência pode se apresentar em diferentes  graus, dependendo da perda visual e auditiva.
Já a DMU é quando o individuo apresenta 2 ou mais deficiências associadas, neste caso a pessoa com cegueira e deficiência física por exemplo, pode utilizar o mesmos recursos educacionais para uma pessoa com DV e uma pessoa com DF.(resalva algumas adaptações)
Em poucas linhas a DMU é a junção de 2 ou mais deficiências, e a surdocegueira é uma deficiência única.

O que há de comum é que tanto na Surdocegueira quanto na DMU, na maioria dos casos a maior necessidade desses indivíduos é a comunicação, um exemplo é o Tadoma, Libras tátil, Braile tátil, escrita na palma da Mao e etc. já para DMU na maioria da vezes precisamos de objeto concretos,softwares  de comunicação alternativa, objetos tangíveis e etc.

domingo, 9 de março de 2014

A escolarização da Pessoa com surdez

A escolarização da Pessoa com surdez

A dicotomia entre gestualistas e oralistas esta presente há séculos na discussão sobe a educação da Pessoa com Surdez, no entanto a diferença linguística não pode ser a única e principal responsável pelo fracasso escolar da PS.
O problema da educação das pessoas com surdez não pode continuar sendo centrado nessa ou naquela língua, como ficou até agora, mas deve levar-nos a compreender que o foco do fracasso escolar não está só nessa questão, mas também na qualidade e na eficiência das práticas pedagógicas. É preciso construir um campo de comunicação e interação amplo, possibilitando que as línguas tenham o seu lugar de destaque, mas que não sejam o centro de tudo o que acontece nesse processo. (Damasio e Ferreira, 2010, p. 48)
Desta forma é preciso compreender que a educação da PS deve ser pensada para além da diferença na comunicação, a atenção deve estar centrada no potencial que cada individuo tem e as praticas pedagógicas devem estar centradas no que pode ser estimulado e desenvolvido.

O Bilinguismo

Sobre a perspectiva do reconhecimento das potencialidades da PS e a construção de uma escola inclusiva é que a proposta educacional do bilinguismo para a educação da PS chega ao Brasil, nesta a língua natural dos surdos é respeitada e em conjunto com a Língua Portuguesa é valorizada como língua de instrução.
Diante do exposto, legitimamos a abordagem bilingüe e aplicamos a obrigatoriedade dos dispositivos legais do Decreto 5.626 de 5 de dezembro de 2005, que determina o direito de uma educação que garanta a formação da pessoa com surdez, em que a Língua Brasileira de Sinais e a Língua Portuguesa, preferencialmente na sua modalidade escrita, constituam línguas de instrução, e que o acesso às duas línguas  ocorra de forma simultânea no ambiente escolar, colaborando para o desenvolvimento de todo o processo educativo.  (Damasio e Ferreira, 2010, p. 50)

Para por em pratica essa proposta são criados os Atendimentos Educacionais especializado s, visando complementar o ensino comum com o objetivo de transformar as escolas excludentes em inclusivas. Tendo como principal foco o reconhecimento do potencial de cada individuo.

O Atendimento Educacional Especializado para a Pessoa com surdez

O AEE para PS se divide em três momentos: AEE em Libras, AEE de Libras e AEE em Língua portuguesa. O AEE em Libras tem como principal objetivo explicar os conteúdos curriculares da escola comum em LIBRAS. Para isso o professor deve utilizar muitas imagens e outros recursos visuais que favoreçam o aprendizado dos conteúdos curriculares da sala comum. No AEE de Libras se trabalha o ensino da LIBRAS, principalmente os termos científicos que são utilizados nos conteúdos da sala comum. E no AEE de Língua Portuguesa são trabalhados as especificidades desta língua, a estrutura gramatical e textual para que a PS possa principalmente escrever utilizando sequencia linguística bem formadas. É importante lembrar que todos os AEEs devem realizar o planejamento em conjunto entre sim e também com o professor de sala de aula comum.  “Dessa forma, o AEE PS precisa ser pensado em redes interligadas, sem hierarquização de conteúdos, sem dicotomizações, reducionismos; mas com uma ação conectada entre o pensar e o fazer pedagógico.” (Damasio e Ferreira, 2010, p. 52).
Portanto o AEE PS vem para garantir que o aluno com surdez compreenda os conhecimentos da sala de aula comum e se aproprie dos conteúdos científicos inerentes a esta, participando de um processo educacional verdadeiramente inclusivo.

Referencias:
DAMÁZIO, M. F. M.; FERREIRA, J. Educação Escolar de Pessoas com Surdez-Atendimento Educacional Especializado em Construção. Revista Inclusão: Brasília: MEC, V.5, 2010. p.46-57.